terça-feira, maio 18, 2010

Guarda Costeira dos EUA analisa alcatrão encontrado na Flórida

Ainda é cedo para afirmar se material provém do vazamento de petróleo.
Plataforma da British Petroleum explodiu em 20 de abril e depois afundou.


Imagem do satélite Terra, da Nasa, indica extensão do vazamento de óleo no Golfo do MéxicoImagem do satélite Terra, da Nasa, indica extensão do vazamento de óleo no Golfo do México (Foto: Nasa / GSFC / Jeff Schmaltz e outros - 17-05-2010 13h40)

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (18) que está investigando a origem de 20 bolas de alcatrão encontradas ontem na ilha de Key West (sul da Flórida), possivelmente causadas pelo vazamento de óleo nas águas do Golfo do México.
Chegada da mancha de óleo à região de Florida Keys pode gerar um impacto catastrófico no setor turístico e no frágil ecossistema de recifes, considerado um dos três maiores do mundo
Os fragmentos de alcatrão, de 7 a 20 centímetros de diâmetro, foram encontrados nas praias do Parque Estadual Fort Zachary Taylor. Os guardas florestais do parque também recolheram esses fragmentos na praia de Truman, ao lado do parque.
Especialistas analisam o material em um laboratório para determinar sua origem, enquanto funcionários da Guarda Costeira e da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa, na sigla em inglês) estudam a região em torno da Flórida.
Segundo a Guarda Costeira, ainda é cedo para determinar se as bolas de alcatrão provêm do vazamento de óleo provocado pelo acidente da plataforma Deepwater Horizon, operada pela empresa British Petroleum (BP), que explodiu em 20 de abril e afundou dois dias depois.
A chegada da mancha de óleo à região de Florida Keys pode gerar um impacto catastrófico no setor turístico e no frágil ecossistema de recifes, considerado um dos três maiores do mundo.
De acordo com a Noaa, a mancha negra de petróleo estava ontem perigosamente perto da corrente marítima principal do Golfo, a cerca de 32 quilômetros de distância.
Imagens de satélite da Nasa mostravam que uma parte da mancha negra pode já ter começado a ser absorvida pela corrente da bacia marinha, o que resultaria em uma ameaça direta ao ecossistema de recifes.
Os prognósticos da Noaa indicam que, nos próximos três dias, a mancha de óleo "já pode estar entrando na corrente marítima do Golfo" e chegar ao estado da Flórida, disse à Agência Efe Daniel Somam, professor da Faculdade de Ciências Marinhas da Universidade de Miami (UM).
"Tudo dependerá da direção para onde soprarem os ventos", assinalou o professor.
Por outro lado, o governador da Flórida, Charlie Crist, agradeceu hoje à BP a concessão de mais US$ 25 milhões para uma campanha nacional de promoção do turismo no estado. O dinheiro se soma a outros US$ 25 milhões já recebidos pelo estado.

Fonte: Site G1

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